Ouço neste momento o álbum novo do Arctic Monkeys, que teve lançamento mundial na última segunda-feira. A audição apenas corroborou o título que eu dei aos moleques: “minha banda contemporânea favorita” (Franz Ferdinand e Strokes não contam. Eles já são meio velhinhos, se considerarmos a velocidade da indústria musical atual). O disco chama Favourite Worst Nightmare e já bateu recorde de venda no Reino Unido, a exemplo do primeiro álbum dos rapazotes – que tem o singelo título de Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not e é o disco de maior vendagem num único dia na HISTÓRIA DA MÚSICA POP DA GRÃ BRETANHA (Beatles? Bah...).
Eu já fui melhor para descrever músicas, falar sobre elas e tal... Mas vamos lá... O vocal de Alex Turner é bem peculiar. Daqueles que você ouve uma vez e nas audições seguintes já sabe que é ele que está cantando. As guitarras são bem marcadas, fortes, pesadas, e, apesar da barulheira, as canções tem uma levada, tem musicalidade, tem ritmo... entende o que eu quero dizer? Tsc, eu já fui melhor... Aqui você ouve e aqui você aprecia o vídeo do primeiro single do disco, que chama Brianstorm. Mas eu também recomendo Teddy Picker e Fluorescent Adolescent.
Por falar em guitarra, semana passada fui ao Credicard Hall assistir ao segundo show do Keane (os britânicos estão dominando o mundo). A banda é um trio. Um toca bateria, o outro toca teclado e o terceiro canta. Hein? Cadê o baixo e a guitarra? Num tem! Tem muito sampler e baixo pré-gravado. Outro tanto de som sai dos teclados, muita guitarra saindo do teclado (eu achei que tava tendo alucinações, mas é isso mesmo).
Durante o show, eu brincava que não dá pra levar a sério uma banda que não tem baixo e guitarra. De fato, faz falta aos meus ouvidos. Mas a ausência deles não faz do Keane uma banda ruim. É uma banda competente, que faz música de boa qualidade, com um vocalista espirituoso, carismático e com uma presença de palco notável.
Entre as baladinhas, nada de Crystal Ball ou Everybody’s Changing. A mais linda de todas é A Bad Dream.
Tirando as baladinhas, vão sobrar umas 3 músicas mais animadas no repertório do Keane. E eu não tenho dúvida de que a melhor delas é Is It Any Wonder?.
Durante o show, o vocalista Tom Chaplin (que tem bochechas rosadas e deve ter sido um gordinho bonachão na infância – não muito distante, diga-se), falou meia dúzia de palavras que eu não entendi e mandou todo mundo olhar pro telão, onde passava um vídeo.
Findo o espetáculo, uma amiga resumiu: no meu tempo, os roqueiros eram rebeldes, faziam caretas e vestiam preto. As bandas de hoje tem vocalistas fofos e apresentam vídeos contra a guerra e a fome no meio do show. E olha que nem era show de banda emo!
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3 comentários:
Adoro o poder que textos musicais têm de espantar a audiência! hahaha...
... é que os nossos gostos musicais são tão diferentes, eu diria até mutuamente excludentes, que eu tenho medo de te ofender sem querer com meus comentários a respeito...
Nessas horas, é melhor mesmo ficar quieto! ;-)
Beijíssimo!!
Eu não sei quem é Tronguinho, mas ele deve apreciar um samba, assim como eu.
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