31.12.07

Glamour Jornalístico

Pra quem acha que a vida de jornalista é glamourosa...

Para melhor compreensão, Demi trabalha pertinho da Avenida Paulista - aquela onde tem a São Silvestre e a festa de Réveillon e vários Mc Donalds - e vai para o trabalho a pé.

De: Demi
Enviada em: segunda-feira, 31 de dezembro de 2007 14:32
Para: Tata
Assunto: RE: taí?

oi, cheguei.
meu, que calor infernal! imagina eu subindo tudo aquilo que a gente subiu ontem, mas neste sol de 36 graus! Aaaffff

From: Tata
Sent: segunda-feira, 31 de dezembro de 2007 14:33
To: Demi
Subject: RES: taí?

Jesus! Eu saio do ar condicionado pra fumar um cigarro lá fora e já suo. Tipo 5 minutos. Num dá pra ficar muito feliz trabalhando numa redação de vidro, olhando esse dia lindo, dá?

De: Demi
Enviada em: segunda-feira, 31 de dezembro de 2007 14:47
Para: Tata
Assunto: RE: taí?

nossa, quando cheguei na escada, já tava suando. tá muito absurdo.


TRÊS HORAS DEPOIS...

De: Demi
Enviada em: segunda-feira, 31 de dezembro de 2007 17:47
Para: Tata
Assunto: RE: taí?

gente, já to morrendo de fome. acho que vou comer um mczinho, pq até meia noite demoraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

From: Tata
Sent: segunda-feira, 31 de dezembro de 2007 17:48
To: Demi
Subject: RES: taí?

Eu acabei de comer um misto quente e uma coca light e um ouro branco derretido.

De: Demi
Enviada em: segunda-feira, 31 de dezembro de 2007 17:50
Para: Tata
Assunto: RE: taí?

ai que gostoso. ouro branco derretido humi, humi.
gente, queria dar uma chegadinha ali no mc... será que tá tumulto na rua?

From: Tata
Sent: segunda-feira, 31 de dezembro de 2007 17:49
To: Demi
Subject: RES: taí?

Não. Deve estar suuuuuuuper tranqüilo! :P

UMA HORA DEPOIS

De: Demi
Enviada em: segunda-feira, 31 de dezembro de 2007 18:53
Para: Tata
Assunto: RE: taí?

meu, quase morri de desespero agora pq não dá pra atravessar a ruaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa. tá interditado.

tive que implorar pro tiozinho de um bar cheio me fazer um misto.

From: Tata
Sent: segunda-feira, 31 de dezembro de 2007 18:53
To: Demi
Subject: RES: taí?

Jesus, que medo! Mas por que ta interditado para PEDESTRE?

De: Demi
Enviada em: segunda-feira, 31 de dezembro de 2007 18:59
Para: Tata
Assunto: RE: taí?

pq a corrida ainda tá rolando. os retardatários tão chegando agora

e mais: acabei de descobrir que a água geladinha que eu comprei é gaseificada (e eu odeio gaseificada). sabe como eu descobri? eu abri e ela explodiu na minha cara, no meu computador, na minha mesa e na minha roupaaaaaaaaaaaaaaaaaa


Enquanto isso, no msn...

Tata diz: no tronco, darling?
Renato diz: :(
Renato diz: triste, né?
Tata diz: um pouco. menos triste quando tem mais gente, além da gente! :)
Renato diz: as pessoas estão aqui procurando um lugar pra comprar comida.
Tata diz: ah, isso é foda! nunca tem nada aberto pra comer.

FELIZ ANO NOVO!!!

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29.12.07

Reveillão

A filha da puta Eu trabalho que nem uma camela o ano todo - inclusive nesses dias em que as pessoas estão passando 5 horas na Imigrantes refrescando seus corpos gordos na água do mar do litoral paulista, em Florianópolis, na Bahia ou no raio que o parta, sábados, domingos, feriados, páscoa, carnaval e dia do índio - e não consigo encontrar um lugarzinho nessa cidade em que possa desfrutar de um reveillón digno, que não seja a Avenida Paulista (eu disse digno), sem ter que desembolsar todas as minhas economias pelo menos 200 reais. DUZENTOS dinheiros!

Afinal, que país é este, mesmo? A Suíça?

Deus, ouça o Rubem Braga:
"Desejo a todos um ano novo de muitas virtudes e alguns pecados suaves e bem aproveitados"

E que o meu pecado não seja ter que deixar as minhas reservas monetárias numa festinha logo nas primeiras horas de 2008. Porque isso pode ser bem aproveitável, mas não vai ser nada suave.
Amém!

*

22.12.07

Lugar Certo

Eu lia tudo o que ela escrevia e me identificava aqui e ali. Ela tinha sentimentos absolutamente estranhos e conseguia traduzi-los do jeito que eu gostaria de fazer, não fosse a minha incompetência literária. De um jeito às vezes doce, às vezes um tiquinho agressivo (Thom Yorke protagoniza um misto de gritos e gemidos neste momento – apropriadíssimo, diga-se).

Quando a conheci, achei que fosse mais magra. É bonita, mas tem um comportamento social um tanto estranho. Por exemplo, no meio da conversa ela puxou um papel, os fones, e começou a escrever uma música.

Assim que se livrou dos fones, me falou sobre a cria e os projetos. Falamos sobre música e, superficialmente, sobre amores. Mas aquele comportamento me incomodava. Não ele todo. Talvez o ar blasé, de quem não se importa com o que está acontecendo naquele momento. Talvez o fato de ter um modo de vida fora do comum. Alguém que, pelo que diz, parece fazer questão de mostrar que é diferente da maioria. Que tem outros pensamentos, que não aqueles que nos querem fazer acreditar que devemos ter. Talvez um pouco rebelde, ainda que tenha passado da idade (afinal, existe tempo para a rebeldia?).

Imediatamente me lembrei de um dito ao meu respeito, que ouvia há até pouco tempo: você faz questão de estar sempre do lado oposto da força.

Era isso. Ela está do lado diametralmente oposto da força. E não esconde o lado que escolheu, ao contrário. Esse comportamento me intimidou. Não me deixou à vontade. Diria até que me assustou um pouco.

E tinha algo ali com o que eu me identificava. Tinha alguma coisa nela que também era minha, além dos cabelos avermelhados. Estamos do mesmo lado e esta escolha talvez seja incompatível com alguns desejos.

E assim, a despeito do que queremos, seguimos assustando muita gente por aí.

*
*

Eu e duas amigas chegamos ao bistrô às 11 e meia da noite de uma sexta-feira-véspera-de-feriado-de-natal. Adivinha? Claro que estava lotado.
“Vocês podem esperar lá em cima. Cerca de 40 minutos.”

Ok. O estômago estava grudado nas costelas depois de uma sexta-feira-véspera-de-feriado de trabalho, mas eu adoro aquele lugar que tem salinhas lindas de espera, com sofás de veludo, poltrona com estampas de zebra e quadrinhos fofos nas paredes coloridas. Subimos.

Logo avistei dois rapazes barbudos (ah, vá?) que habitavam uma delas. Comuniquei a dupla e pra lá fomos. Não demorou até que uma delas constatasse: aqui tem dois rapazes barbudinhos. Bonitinhos. E gays.

10 minutos ali foram suficientes para a mais esperta fazer mais uma nobre constatação: este lugar é uma delícia. Mas não é o “lugar certo para prospectar”.

Entendi tudo: eu tenho freqüentado os lugares errados há mais de 5 anos!!!

17.12.07

Socorro!

Lembra daquele reality show em que as pessoas faziam sacrifícios sobrehumanos pra sobreviver, chamado No Limite?
Então...

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13.12.07

Órfãos de Police

Eu gosto do Nokia Trends - e nem liguei pro show-do-The Police-caça-níquel no Rio. É um dos festivais mais organizados que acontecem por aqui.

No ano passado, tive o prazer de ver bem de pertinho The Bravery, Hot Hot Heat e me supreendi muito com o show das mocinhas do Ladytron – ainda que tenha acabado perto das 6 horas da manhã, as minhas lentes de contato estivessem grudadas no globo ocular como se fizessem parte do meu corpo e as costas doessem muito, depois de 8 horas dançando.

Este ano, a estrutura montada no Memorial da América Latina era linda. Um bom espaço ao ar livre e, na tenda, dois palcos montados um ao lado do outro, em forma de “éle”. Quando terminava o show de um palco, começava o do outro, de modo que não havia intervalo entre as apresentações e o público não tinha que esperar a montagem e desmontagem de equipamentos pra ver uma banda tocar (viu, Tim Festival?). Apesar disso, fazia um calor senegalês debaixo da tenda e as filas no banheiro eram enormes.

Foi a segunda vez que eu fui soziínha-da-silva a um festival sem conhecer quase nada do que ia ver. E você pode me achar louca e tal, mas eu gosto disso tudo.
Mas vamos ao que interessa.

Van She é uma banda australiana. Era tudo o que eu sabia. Gostosinha de ouvir. O baixista é loiro, magrelo, comprido, dança de um jeito engraçado e tentava animar o público ainda escasso do Memorial batendo palmas. O vocalista é cabeludo e canta fazendo vários falsetes com a voz. É praticamente uma mistura de Pet Shop Boys e Abba. Fecharam o show com Kelly. Vai dizer que não é uma versão um pouco mais moderna de Fernando, do Abba?



Underground Resistence é um grupo enorme de Detroit. Quase uma dúzia de negrões que mistura jazz, funk e eletrônica. Faz quase 20 anos que o coletivo - como gostam de dizer os entendidos - sacodem platéias pelo mundo. O grupo não veio completo aqui para São Paulo: baixo, bateria, saxofone, uma mesa e um MC que jogava CDs para o público. À exceção de alguns “solos” de sax longos demais, o UR - como dizem os entendidos - faz um som robusto e consistente, beirando a perfeição.

Os quatro franceses do Phoenix entraram no palco principal do Memorial umas duas e meia da manhã. O vocalista é marido da cineasta Sofia Coppola. A banda teve uma música incluída na trilha sonora de Encontros e Desencontros e fez uma participação em Maria Antonieta, se apresentando para a Rainha. Viu, que cult?! E é, mesmo, dado que metade do público freak que agora lotava o Memorial entoava os refrões das músicas a plenos pulmões.



Quando você ouve o CD, pensa que se trata de um grupo fofo, que faz roquezinho meigo e dançante e coisa e tal. Até eu ver o baterista em ação, ali na minha frente. O cara é um A-NI-MAL! Desce o braço sem nenhuma dó. Um amigo - porque a gente sempre encontra amigos nesses lugares - disse que quando viu ele em pé, lascando o braço nas caixas, achou que o nêgo tinha dois pedaços de fêmur nas mãos. Fiquei impressionada! O sujeito conquistou toda a minha atenção. Até que o vocalista, marido da Coppolinha, surtou e se jogou no meio do povo. Cantou uma música inteira lá no meio. Rrrrrrrrrrrrrrrrrrock!!!!

Por fim, lá pelas 4 e tanto da manhã, subiram ao palco os moços do She Wants Revenge, que beberam toda a água da fonte do pós punk. Os filhotes do Joy Division fizeram o público enlouquecer. E ao vivo a voz de Justin Warfield é ainda mais parecida com a do vocalista do Depeche Mode. Ele vestia uma jaqueta e um gorro. Eu tava derretendo com os 67ºC que faziam naquela tenda – e nem tinha canhões de luzes apontados para mim, veja bem. O calor e as minhas dores nas costas me fizeram abandonar o show na metade e ir embora, me lembrando de que, de fato, falta bem pouco pra virar balzaquiana.

11.12.07

Quem Precisa de Polícia?

Gente, fiquei muito a fim de escrever meia dúzia de bobagens sobre o Nokia Trends.

E dizer que, mesmo quase derrentendo naquele calor infernal, o evento merece vários elogios (sobretudo depois dos atrasos sem noção dos shows do Tim Festival).

O caso é que eu durmo até tarde, trabalho até tarde, espíritos ressuscitam e me solicitam e, assim, não sobra tempo para organizar as idéias.

Em breve, parcas linhas, ainda que atrasadas, sobre os shows, para nenhum dos meus 5 leitores comentar, como é de praxe (hohoho...)!

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5.12.07

Retrô

Eu quero saber quem foi o cretino que inventou um treco chamado "retrospectiva"!
E mais: quem foi que disse que sou EU que tenho que fazer, se eu nem me lembro o que almocei ontem?

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3.12.07

Um Pouco Mais Brasileira

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Orgulho!
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Três vezes???

Desculpa a ignorância, mas em que planeta um ábitro de futebol manda um jogador cobrar o pênalti TRÊS vezes, só porque o goleiro defendeu as duas primeiras cobranças??? E todo mundo acha normal? E tudo bem?

Ah, faça-me o favor!!!


Aviso: se não for para escrever palavras boas, passe longe do link comentários!
A DIREÇÃO, com muito amor, até na segundona!

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