12.1.09

Prole

Uma lista de convidados para a sua festa de aniversário pode denotar as suas rugas e pés de galinha. Aqueles nomes vão se empilhando uns sobre os outros e poucos são os que não tem um outro nome ao lado. “Renato e Marina”. “Andreza e Flávio” Todo mundo tem marido, mulher e/ou namorado. Quanto mais velas constam no bolo, maior é o número de nomes duplos que você acrescenta à lista. Parece um movimento natural.

Na relação, sempre consta aquele tipo de pessoa que você sabe que vai acompanhada, mas nunca sabe por quem. O Edu vai com a Roberta, com a Bia ou com aquela outra ruivinha de cabelo curto? E a Fátima? Ainda está casada com o Murilo? Como se chama a namorada daquele amigo do Fernando, mesmo?

O número de velas sobre o seu bolo também aumenta na mesma proporção do número de filhos dos amigos. E todo mundo sabe que quanto mais velha você fica, menos espaço sobra no cérebro pra guardar tanta informação. De modo que em algum breve momento será impossível lembrar dos nomes de todos os pimpolhos de todos os seus colegas queridos. Tem o Pedro da Tânia e o Pedro da Vivi. Como é mesmo o nome do filho da Elô? E da filha? Ah, Giovana. Da Valentina, da Gabi e do Társis, é impossível esquecer. Nome forte. Da Sofia também não esqueço. A do Wellington, no entanto, eu nunca me lembro. Tem também os recém chegados Lucas, da Andréa, e Manu, da Pri. As mais velhas Amanda, da Vanessa, e a da Carol... Qual é o nome da filha da Carol, meu deus? E a da Ana? A da Ana é a Gabi. E a Mila que tá dentro da barriga da Dea e vai ser inglesinha. O Luis Fernando, do Vladi, o Julio, da Ju e do Gu, o Rafael do chefe e o Rafael do ex-chefe. A Luíza, neta do tio que me adotou depois de adulta...

É muita criança. Eu não dou conta!
E, pior, não vai sobrar nome pras minhas.

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Aviso aos navegantes: este blog ignora olimpicamente a reforma ortográfica!

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6 comentários:

Anônimo disse...

Tatinha,

Logo de cara, assim, me desculpe. Mas o comment é sobre o "Aviso aos navegantes" e não sobre o post. Isso, em português corporativo, se chama "off-topic".

Mas é que tá realmente difícil ter vontade de entender essas novas regras que parecem ter saído de cabeças analfabetas!! >:-(

Sim, porque HOJE a gente sabe que o "U" de freqüência é pronunciado, porque tem um acento ali que nos alerta pra isso. Sem o acento, como é que se vai saber que o "que" de freqüente não é o mesmo "que" de água quente?

Idéia não tem mais acento. Supõe-se, por conseguinte, que geléia também não o tenha. Fica geleia. Daí, como saber se "leia novamente", ou "releia", se diz "reléia", rélêia", ou... ?

Porque a gente que já nasceu há algum tempo sabe isso com o pé nas costas. Mas e a moçada que nascer daqui a trinta, cinqüenta anos??

Como explicar "anti-horário" pra alguém que só conhece relógio digital???

(o mais difícil de digerir é que, no teu caso, por exemplo, a "ignorância olímpica" deve necessariamente ser arquivada por dever de ofício, né?)

(sorte que aqui não é ofício!!!)

Uma bêicho!! :-)

Émie disse...

Eu também ignoro a reforma ortográfica! Depois de 24 anos escrevendo pára e para, não aceito que assassinem o acento agudo por pouca coisa!

Anônimo disse...

Trongo, o mais legal é em português corporativo, se chama "off-topic". Português???

gente, eu sou jornalista e preciso saber as novas regras. mas vou deixar pra mais tarde...

Émie disse...

Tata, comentei seu post no meu blog. Dá uma passada depois e me diz o que achou. Beijo.

Anônimo disse...

Ídala,

Dá-se o nome de "Português Coprorativo" ao idioma oficial dos escritórios brasileiros de empresas multinacionais...

A primeira vez que ouvi essa expressão, quem disse foi o Max Geringher.

Outra bêicho!!

Anônimo disse...

tá explicado!