Pois é, o Papa. Todo mundo só fala do Papa, acho que pega bem eu versar algo sobre ele também.
Em primeiro lugar, quero dizer que Vossa Santidade atrapalhou bastante a minha vida hoje à tarde. Isso porque eu nem lembrava que Bento XVI existia, muito menos que estava no Brasil e tampouco no Pacaembu, bairro vizinho ao meu e por onde eu teria que passar para chegar até a Consolação, buscar ingressos para ver Paulo Autran no teatro, em “O Avarento”, de Felipe Hirsch, que a gente adora. Mas por causa da bênção do pontífice alemão, o trânsito tava todo interditado, eu tive que dar uma volta do caráleo e peguei um congestionamento infer... digo, celestial.
Depois, devo dizer que essa coisa de igreja não é a minha. Já foi, é verdade. Nos idos dos meus 13, 14 anos, quando acordava às 7 horas da madrugada todo santo domingo para ir à missa do grupo de adolescentes. Foi com aquelas pessoas que eu aprendi a tocar violão – ou a fazer meia dúzia de acordes, suficientes para tocar músicas da Legião Urbana. Eu tocava violão na missa. Sim, eu tocava as músicas da hora da entrada, da confissão, da penitência, da comunhão, da paz de cristo e sei lá mais o quê. Eu gostava muito mais de tocar do que de ir à missa. E esta foi minha experiência mais próxima de efetivamente tocar um instrumento musical na vida – dos próprios instrumentos musicais eu cheguei bem perto outras vezes, mas isso não vem ao caso.
Voltemos à Vossa Santidade e à Igreja. Eu fico me perguntando o que qualquer ser humano com a faculdade mental em ordem deve se perguntar: como é possível que uma entidade do tamanho e da importância da Igreja Católica seja tão retrógrada? Como pode o Papa pregar a abstinência sexual em pleno ano de 2007, com o mundo cada vez mais sexualizado? Com qual argumento racional a Igreja condena o uso da camisinha, com milhões de pessoas morrendo e sendo infectadas pelo vírus HIV todo ano? Em que planeta esta instituição e seu Bento vivem? – nem vou falar sobre aborto, porque se não vira uma discussão infindável.
Junte a tudo isso o fato de eu estar de férias e não ter a obrigação de saber de nada, de ler nada, de ouvir nada e fazer questão de não absorver qualquer informação que não esteja nos cadernos de cultura e entretenimento dos jornais. Você acha mesmo que eu tô muito preocupada com o fato de Joseph Ratzinger estar por aqui?
11.5.07
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9 comentários:
eu nem terminei de ler o post ainda. mas fiquei emocionada com essa parte que vc ia à missa no grupo de adolescentes...e a madre clélia? vou contar pra minha mãe. ela vai ficar sua fã. mais ainda!
é, lulis... quando eu digo que o meu passado me condena... rs... beijo pra mãe!
Ai. Num güento mais Papa! Mas ele é sensato e até disse recentemente que autoriza a masturbação dos seus fiéis... sabia?
Leia aqui quando quiser...
http://www.fiapodejaca.com.br/papa-bento-xvi-autoriza-masturbacao-de-fieis/
;-)
oi tata,
pois to ouvindo de tudo, rsrs.
saudade de ti..
OOO se já ouviu teatro magico?? adorei aquilo...
bjusss
Tata! Ô, Tata! Você é jornalista, Tata! Devia saber algumas coisinhas básicas... "tipo assim" a gente só usa "Vossa Santidade" quando tá falando diretamente "COM" o Papa. Quando estiver falando "SOBRE" o Papa, use sempre "Sua" Santidade! Pode até ser sem as aspas... :-P
Tracousa #1: abstinência é tecla em que a Santa (??) Madre Igreja vem batendo há séculos, é como se fosse uma "regra do regulamento" (igual tem lá no Tietê, não pode entrar na piscina com sapato sujo de barro"...). Ele só tá lembrando que quem é do clube tem que fazer exame médico senão não cai na água... Quem é sócio de outro clube siga as regras do seu clube... A Igreja e o Bento vivem no planeta Terra em pleno século 21 (XXI pros do meu tempo...), lugar e época em que se a gente não se cuidar, vai morrer de doença venérea ou sua (dela!) parente mais grave! Afinal, ninguém é obrigado a sair transando por aí feito aqueles vira-latas que a carrocinha levava quando eu era criança... A Igreja precisa pegar pesado porque os "fiéis" relaxam mesmo e (por causa desse "relaxo") fica essa porcaria que tá aí -- imagina se a Santa Sé liberasse geral... ;-)
Tracousa #2: a Igreja transcende o tempo. Se "hoje" é muderrno trocar de marido/mulher como se troca de canal (de T...), não foi a Igreja que inventou essa muderrnidade. Então ela não "precisa" se amoldar ao tempo. Assim como o clube não precisa permitir que o pessoal urine dentro da piscina só porque lá em Ramos é assim que rola... Tudo é uma questão de regras e regulamento. Quem é de dentro siga, quem não é de dentro não rpecisa seguir. E quem tá dentro mas quer cair fora, a porta é logo ali!
Boas férias, minha ídala!!! :-)
Então, veja só. Ouvi numa tal rádio aí uma entrevista com uma representante da Organização Católicas Pelo Direito de Decidir. Ela falava sobre uma pesquisa com os jovens católicos sobre estes temas. A esmagadora maioria não segue o que prega a igreja. E a conclusão da mulher foi a seguinte: se a igreja não se modernizar e não falar a língua dos jovens, vai perder fiéis cada vez mais.
Talvez a hora que pesar no bolso da Instituição, Sua Santidade mude o discurso. Tal qual fez a igreja católica, mudando o formato das missas, porque tinha perdido um rebanho imen$o para os evangélicos...
Então... Na minha humílima opinião, essa "debandada" tem contra-partida, isto é, a Igreja pode perder fiéis, mas os fiéis também vão perder a Igreja... Será que as igrejas pra onde os "ex-católicos" vão são mais "baratas" (financeiramente falando) que a Católica??!?!?!
Beijo deste teu fã pra esta minha ídala! :-)
Antônio, ninguém precisa da Igreja. Só falta as pessoas entenderem e acreditarem nisso. Fé independe da igreja! Mas aí a discussão não vai ter fim. De novo! rs...
Ninguém precisa da Igreja, nem ela precisa se amoldar às idiossincrasias de cada fiel. Ela tá lá, vai quem quer. E quem for, que se amolde a ela, etc...
Mas... beleza: parei aqui! Se é pra não mais ter fim, era melhor que fosse ao redor das brejas... Via web num dá certo, não tem zóio-no-zóio!
Beijo cheio de carinho!
PS: mêu nóme nâo têm acênto (é em Italiano, não em Português...)!! ;-)
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