8.4.10

Alone

E eu que sempre fiz tudo sozinha.

Nunca tive aliados nas mais difíceis batalhas. Nunca. Sempre descobri sozinha o quão difícil é mudar de emprego. Se despedir para sempre. Adquirir um bem. Lidar com burocracias. Assumir responsabilidades novas. Resolver problemas até então inéditos na sua existência.

Ao mesmo tempo em que me orgulho de mim, me estafo. Canso. Chego à exaustão.

No meio da realidade cada vez mais rápida, egoísta e descartável, quem se importa com os outros?

Tá bom, chavão, lugar comum. Qual a novidade?

A novidade é que eu não me acostumo. Sigo como se nem me importasse, mas não me acostumo. Sim, eu quero amparo. Preciso de suporte. Ajuda seria bem vinda.

E às vezes tenho a sensação de que vou morrer buscando um aliado.

*

3 comentários:

Filipa Reis disse...

ola'
so posso dizer uma coisa: as vezes a ajuda que todos precisamos está mais perto do que esperamos e nós simplesmente não lhe ligamos nenhuma...
beijinho**

Nelson Soares disse...

Eu ia dizer exactamente o mesmo que "Pi**". Por vezes a ajuda de que mais necessitamos está mesmo debaixo do nosso nariz... E mesmo quando nos capacitamos ou teimamos que somos incapazes de a encontrar, podemos e devemos sempre encontrara a ajuda mais poderosa bem dentro de nós...


Stay Well

Laine G. disse...

QUERIDA, eu sinto o mesmo, mas olho pro lado e sempre tem alguem por mais longe que pareça e esta disposta a chegar mais perto. Permita. Eu ainda to aprendendo isto.
Adoro suas divagacoes sao a traduçao do que eu nao coloco em palavras, por preguiça.