13.10.08

Debate de %# é *%&#

Debates entre políticos já não tem mais a menor graça. Aquele monte de gente fazendo perguntas que nunca são respondidas, candidatos que não tem chance nem de ser eleito para síndico do prédio.... Boring! Porém, quando a discussão se concentra em apenas dois candidatos, a coisa fica um pouco menos enfadonha.

Ontem, acompanhei de perto o primeiro debate entre os candidatos à prefeitura de São Paulo, promovido pela Band. Além do que se convencionou chamar de “subida de tom” por causa da troca de leves agressões, o debate teve seus momentos de descontração, em que os dois postulantes a prefeito(a) e o mediador Boris Casoy deixaram a formalidade de lado. Momentos que provocaram gargalhadas nos mais bobos - eu incluída.

Marta evocando o passado de ambos:

- Eu ando com Lula. Kassab anda com Celso Pitta, com Maluf... (pára um momento) ... E espontânea: Ué!!!! Isso tem que ser dito!

Kassab, tendo que responder a uma das perguntas feitas pela adversária, começa bem:

- Vixe Maria, candidata!!!

Boris, interrompendo Marta, que começou a falar sem ter este direito:

- Opa, opa, candidata.

E os direitos de resposta? Toda santa vez que eu ouvia o Boris dizendo “nossa comissão de juristas”, eu imaginava Ives Gandra Martins, Márcio Thomas Bastos e grande elenco reunidos no quiosque do Grupo Bandeirantes analisando os pedidos, avaliando se concederiam ou não direito de resposta aos candidatos, em meio a pedidos de pães de queijo com recheio de cheddar para o outro lado do balcão.

Pois eu tenho uma proposta inovadora para os próximos debates: serão permitidos palavrões. Mas apenas como forma de desabafo. Não poderão ser usados para agressões pessoais. De modo que a fala de Marta ficaria da seguinte forma:

- Eu ando com Lula. Kassab anda com Celso Pitta, Maluf... (pára um momento)... E espontânea: Porra!!! Isso tem que ser dito!

Kassab, tendo que responder a uma das perguntas feitas pela adversária, começa bem:

- Puta que pariu, candidata!

Boris, interrompendo Marta, que começou a falar sem ter este direito:

- Opa, opa, candidata (porque o Boris não fala palavrão)... Candidata, a senhora só tem direito a 5 palavrões por bloco. Por favor, não insista!

A comissão de juristas encarregada de avaliar pedidos de resposta em relação a palavrões seria composta por José Simão, Ricardo Boechat e por mim, que sou chamada até hoje pelo meu padrinho no jornalismo de “Tata Bom Vernáculo”. E até hoje não entendi direito o motivo.

Não sei se surtiria efeito eleitoral. Mas seria muito mais divertido.

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3 comentários:

Anônimo disse...

alguma vez os debates tiveram graça????

sardadessss

Anônimo disse...

Pior do que debate... ainda é ver a cidade ser entregue de bandeja nas mãos de um paraquedista aventureiro lunático perturbado que, ainda por cima, e como se fosse pouco, odeia São Paulo!! Esse cara é caso de interdição judicial, e não de reeleição!

Realmente... Quatro anos é MUITO tempo... Como um JK ao contrário: quatro anos que vão parecer quarenta!!! >:-(

Anônimo disse...

putz, assino embaixo. "fantoche" é a palavra que eu mais gosto. mas é como eu costumo dizer: toda população tem o governante que merece! classe média de merda! (pra justificar a presença na comissão)...