24.6.08

Drughouse

Eu me apaixonei pelas músicas logo que ouvi há tempos. E depois as bizarrices foram ganhando mais espaço. E mais. E mais. Até que só tinha espaço pra as peripécias nada saudáveis e não mais para as músicas.

Eu não entendo porque Amy Winehouse é tão notícia. “Amy peida na porta de boate em Camden” – capa de jornal. Sites reproduzem a notícia e ainda repercutem o pumzinho da diva com quem estava na fila: “Eu esperava para entrar na boate, quando ouvi um som parecido com uma flatulência (duvido que inglês fala “flatulência”). Olhei pro lado, e era Amy. Ela tinha soltado um pum.” – diz o vendedor Fulano de Tal, 25.

Daqui do outro lado, vou acompanhando com interesse carniceiro e com um tanto de dó as desventuras da moça. Internada de nooooovo, depois de um desmaio, o pai diz que ela tem enfisema pulmonar e se não parar de fumar crack e cigarros e se não se mantiver longe de más companhias como Pete Doherty, vai morrer. A assessoria se apressa em divulgar que Mr. Mitch se expressou mal e que ela não tem a doença. Mas pode vir a ter. Fora a novela mexicana que é o relacionamento dela com o tal do Blake.

Faz tempo que não se lê nada aproveitável sobre a coitada. Não está compondo. Não está gravando. Não está produzindo. E cada show confirmado é uma emoção: será que ela vai estar bem? Será que vai estar viva? Ou vai fazer o papelão que fez no Rock in Rio Lisboa (sem voz, desafinada, esquecendo as letras, visivelmente zoada, com direito a queda no palco).



Meu anfitrião em Londres defende a tese de que ela faz tudo isso de propósito, para vender mais discos (Back to Black bateu recorde de vendas não faz muito tempo). Ele acha que não é possível que uma celebridade não saiba que vai ser perseguida por paparazzis aonde quer que vá e que, por isso, deveria manter a compostura. Então, só pode ser proposital, para estar sempre em evidência e vender mais discos.

Eu discordo. Acho que é possível ela ser sem noção, sim. Aliás, acho que ela é tão zoada/drogada/mal amada, que nem se importa com fotógrafos e jornalistas e quetais. E vai acumulando bizarrices na vida, nem aí com a repercussão que isso tem.

Muito bem, cá estou eu praticando justamente o que critico e falando sobre os fatos importantíssimos da vida de Ms. Winehouse. Que, cá entre nós, deveria fazer numerologia e mudar o nome para Drughouse.

It’s a pity!


*

5 comentários:

Patrícia Carvoeiro disse...

Ou Crackhouse ou Cocainehouse. QUALQUER coisa, menos Winehouse, porque vinho certamente é a coisa mais leve que ela ingere.
Acho que ela vai bater as botas logo. E vou lamentar, porque a menina é talentosa e canta MUITO. Vai virar uma Janis Joplin, sendo reverenciada por anos e anos (ou será que agora, com tanta coisa surgindo, a gente esqueça rapidinho celebridades que faleçam? Sei lá, mas espero que não).
Beeeijos. :)

Anônimo disse...

Mas você quer o quê, moça?
Que falem sobre o SEU peido?
Quem é você mesmo?

Anônimo disse...

hauahuahauhauahauhauah
ah, meu senhor!!! é cada uma, não?
Pati (a Pati é a Pati mesmo?!rs), ninguem vai esquecer da Janis aqui não, ok? Nunca, ever!!!!
Winehouse é pegadinha....concordo com quem diz q é marketing. Na verdade concordo tbm q ela é sem noção...ah é, sim!!! Mas que promove, promove!
beijuca

Anônimo disse...

nossa, mas é cada um que aparece...

Anônimo disse...

Tá claro que a única semelhança entre isso aí que é tema do post e a Janis é o fato de ambas terem morrido antes dos trinta.

Háin? Cuma? A Lady Farting não morreu? Quem disse?????