Eu queria falar sobre o show da Ana Cañas que eu vi na semana passada. Sobre Em Paris, Desejo e Reparação (que música irritante!)e Mallu Magalhães. Queria dizer que não ouço nada de mais no Klaxons. Que o Vanguart é legal, mas não me faz pirar. Sobre Flores Partidas, do Jim Jarmusch, que revejo agora na TV e me faz refletir (de novo) sobre a solidão e a incapacidade emocional das pessoas. Adoro o Bill Murray. Poderia falar até do livro do Zuenir Ventura que me serve de base para uma série legal que eu tô montando.
Não dá. Não consigo.
Eu queria dizer que às vezes tenho uma saudade que até dói, mas não sei se é amor ou ego. E que quando isso acontece torço com força pra bolinha vermelha ficar verde. Ela nunca fica e, mesmo se ficasse, eu não saberia o que fazer com aquilo.
Poderia versar sobre a falta que eu sinto nem sei do quê. Poderia me prolongar sobre esse buraco e escrever sobre as pessoas que consideram bonito, nobre e verdadeiro abrir a guarda e escancarar suas fraquezas pra quem quiser notá-las. E que talvez ficassem orgulhosas de ler sobre isso.
Não consigo.
Talvez confessar que toda maldita vez que relembro das pessoas que acham bonito escancarar as fraquezas, choro copiosamente, sem entender nada.
Dizer que a frustração é um dos piores sentimentos do mundo.
Que minha serenidade continua oscilando e isso me enlouquece.
Que essa conversa de “carcaça” e “auto-boicote” já me encheu o saco.
E que eu desejo mais que tudo que um dia eu seja capaz de voltar a pensar com o coração, por mais brega que isso possa soar. E que eu deixe de me sentir ridícula e vulnerável por soar brega.
Que merda!
8.2.08
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3 comentários:
Acho que você está precisando de umas cervejas! Bóra!
isso é só a serenidade oscilando (nesse caso, pra baixo).
cerveja? é bom. mesmo que ela oscile pra cima. :)
O dia em que ser sincero/autêntico for brega...
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