Veja bem, não se trata de ir até o mundo glamouroso de Los Angeles, vestir meu mais lindo modelito e disputar com repórteres do mundo inteiro um espaço no cercadinho que margeia o tapete vermelho do Teatro Kodak, para tentar obter algumas palavras do George Clooney.
“Fazer o Oscar” compreende passar quase 4 horas fechada num estúdio em São Paulo, gastar saliva até secar a boca, anunciar os vencedores e destacar alguma coisa dos discursos a partir de um áudio que muitas vezes já tem tradução para o português.
Mas eu sou obediente e no semestre seguinte me matriculei num curso. Todo mundo ficou orgulhoso de mim, inclusive eu mesma. A única dificuldade era o horário das aulas: 8 horas da
Findo o estágio, com a devida aprovação, implorei na secretaria por um horário de gente pra minha turma no semestre seguinte. E na semana passada, liguei para saber do início das aulas. Eu poderia escolher entre 3 turmas. Das 15h às 16h, das 20h às 21h – períodos em que estou amarrada no tronco com uma chibata pronta para estalar nas minhas costas – e das 8h às 9h da manhã. Ainda insisti, com voz de choro: Não é possível que ninguém queira estudar no incrível horário das 13h às 14h!!!
Não, ninguém queria. A moça da secretaria, comovida, tentava me explicar que tem um rapaz que é publicitário e que almoça das 14h às 15h e que por isso a turma seria nesse horário. E que o pessoal que trabalha em horário comercial prefere das 20h às 21h. E que ela se empenhou em perguntar para todos eles, um por um, se não gostariam de estudar em outro horário, por minha causa... Ai, quase chorei. Sério. De novo o inferno de acordar de madrugada e tentar articular frases e conjugar verbos neste maldito idioma num horário em que eu mal falo português.
Odeio, odeio essas pessoas que trabalham e almoçam em horários estranhos!
4 comentários:
Não faço horários alternativos, mas concordo que acordar cedo é o Ó!
eu tamém, isaura! eu tamém!
mas lembre-se que mesmo assim fiz inglês aos sábados, das 8h às 12h. a gente se rende ao sistema, after all.
C'est une des raisons pour lesquelles je ne préfère parler Français... Ou-lalà!!
Pour ma petite chérie, un gros bisou!!! ;-)
Uma vez precisei (por questões meramente monetárias) fazer tradução simultânea de uma palestra de medicina.
Fiquei numa cabine traduzindo para o inglês e o espanhol.
Quase morrí. Sério.
Ao final de 3 dias eu não conseguia nem balbuciar o português.
Desconfigurei, geral.
beijos!
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