22.7.07

Contraditório

Eu não deixo de me assustar. Cada vez menos. Mas ainda me pego pensando no contraditório. Vez ou outra. Pareço uma adolescente cheia de dúvidas.

Abre parênteses: a minha porção Peter Pan sempre justifica a dúvida desta forma. É cômodo e confortável. Fecha parênteses.

Ainda que tudo caminhe bem, apontando para a certeza da boa escolha, aparece aquele gnomo no meu ombro falando dele. Do contraditório. Ainda que eu não queira. Ainda que eu não acredite em gnomos.

Me forço a pensar nele. No contraditório. Como se precisasse provar pra mim mesma que ele todo é uma bobagem. Ter certeza de que ele não vale nada. Ou de que vale menos que a boa escolha. Bem menos.

Ainda me assusto com ele. O contraditório. Bem menos. E o susto vai se alternando com a certeza. De que a boa escolha vale. Bem mais.

2 comentários:

Lica disse...

A boa escolha vale bem mais, sempre! Ainda que o contraditório persiga... também sempre...

Anônimo disse...

concordo.